Respiradores foram comprados pelo dobro do preço no RJ, diz Alexandre Zibenberg

Em meio à crise do Coronavírus, uma avalanche de denúncias atinge o governo do Rio de Janeiro (RJ) em função de compras superfaturadas de equipamentos para combate à epidemia, além da assinatura de contratos emergenciais de altos custos aos cofres públicos.

As denúncias partem principalmente de perfis das redes sociais e sites de pouca visibilidade, pois os grandes meios de comunicação do RJ não dão destaque à matéria. Fora do RJ, porém, a Folha de São Paulo já havia denunciado as supostas irregularidades.

O site “Blog da Roberta” informa que “no início deste mês [abril/2020], a Secretaria de saúde pagou R$ 9,9 milhões por 50 respiradores – ou ventiladores pulmonares – à empresa A2A Comércio Serviços e Representações LTDA. Ou seja, cada aparelho saiu por R$ 198 mil, com direito à liberação antecipada de recursos”.

O site também informa que, de acordo com fontes ouvidas, atualmente o preço de cada aparelho “não passaria de R$ 100 mil”.

A Folha de São Paulo já havia denunciado a contratação de uma organização social, a Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), pelo valor de R$ 835 milhões para administrar os 1.400 leitos dos hospitais de campanha no Estado.

Após as denúncias, o governo colocou os contratos milionários sob sigilo; porém voltou a permitir o acesso ao público.

Em outra denúncia, em um vídeo publicado no Facebook, Alexandre Zibenberg afirma que uma empresa vendeu 97 respiradores para o Estado, ao custo de R$ 18 milhões, o que daria R$ 187 mil por cada respirador. De acordo com Zibenberg, outra empresa fornecedora tem o equipamento para pronta entrega ao preço de R$ 86 mil. Veja o vídeo.