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Parque da Serra da Tiririca está sem Gestor e com estrutura reduzida

Parque da Serra da Tiririca está sem Gestor e com estrutura reduzida

Uma reportagem do Jornal O Globo, de 16 de dezembro, informa que o Parque da Serra da Tiririca (Peset) está sem gestor e com estrutura reduzida.

Segundo o Jornal, esta situação perdura desde a última segunda-feira (14), quando ocorreu a exoneração do Diretor da área de proteção permanente entre os municípios de Niterói e Maricá. Em carta aberta ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o conselho consultivo do parque, que reúne representantes de órgãos públicos, ambientalistas e lideranças comunitárias, pede a nomeação de um quadro técnico e acusa que a falta de critério na escolha do cargo levou à redução da estrutura de fiscalização e à ausência completa de ações administrativas no último ano.

De acordo com os conselheiros do Peset, a falta de gestão técnica causou a redução de 19 guarda-parques para 13 e queda no número de carros para fiscalização (de quatro para dois). Também não foi feita a revisão do Plano de Manejo da unidade de conservação.

O Inea diz que está escolhendo um novo chefe para o Peset, “de forma que atenda aos anseios, tanto da nova gestão quanto da comunidade do entorno”, diz a reportagem. De acordo com o órgão, o futuro gestor apresentará ao conselho consultivo um cronograma de reuniões que serão realizadas em 2021.

A baixa estrutura e a consequente redução da fiscalização facilitaram invasões durante a pandemia. Em Itaipuaçu, moradores denunciam que áreas não edificáveis na zona de amortecimento do Peset, ao longo do Rio Itaocaia, pelo lado do loteamento São Bento da Lagoa, estão sendo muradas por grileiros. Uma via pública, que consta no loteamento original da área, chegou a ser fechada pelos infratores.

Denúncias de invasões na Serra da Tiririca

Moradores ouvidos pela reportagem do Globo denunciam a ação de invasores que levantam construções dentro dos limites de preservação:

— Já fizemos diversas denúncias, inclusive identificando os responsáveis, mas eles têm liberdade para invadir e estão construindo a menos de 200 metros da área do parque, na zona de amortecimento, onde não é permitido — conta um morador que pediu para não ter o nome revelado.

Por fim, o Jornal informa que a última ação de fiscalização na região de Itaipuaçu feita pelo Inea foi no dia 13 de novembro. Segundo o órgão, a operação levou à demolição de uma construção irregular. O Inea afirma que monitora o Peset, com o objetivo de coibir irregularidades ambientais. “Ao longo deste ano, foram realizadas 40 operações que resultaram em 36 autuações, três advertências e um embargo para uma construção irregular”, diz, em nota.

Nas redes sociais, moradores reagem à reportagem e lamentam a situação precária em que se encontra a unidade de preservação:

Décadas de faz de conta. Falam do governo atual, mas NUNCA se importaram de fato com o meio ambiente. O Parque saiu do Papel, mas só serviu para politicagem e para alguns terem um emprego. Nunca um Presidente deste Parque teve meios reais de fazer com que esta Unidade fosse realmente efetivada. A Mata Atlântica? A Educação Ambiental? os Empregos que poderia gerar? o Turismo realmente Ecológico? NADA aconteceu – comenta uma moradora.

comentário de morador de Itaipuaçu sobre a situação da unidade de preservação ambiental da Serra da Tiririca. Imagem ©: reprodução / Facebook.

Fonte: O Globo
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